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Padrasto de Maria Clara é denunciado por três crimes

Foto : Flávio Botelho

Cássio Martins Camilo, que confessou ter estuprado e matado a enteada Maria Clara Calixto Nascimento em Hortolândia, foi denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O crime aconteceu em 17 de dezembro de 2020.

Na denúncia, o promotor Pedro dos Reis Campos lembrou que o auxiliar de produção foi denunciado por estupro de vulnerável em Monte Mor em 2018, o definiu como “predador” e citou o risco de mantê-lo em liberdade. O caso está em tramitação pela 2ª Vara Judicial de Hortolândia.

Para Campos, além de cometer o segundo estupro, o acusado progrediu na carreira criminosa e “assassinou brutalmente uma criança”. Por isso alega que “é certo que, solto, agirá como predador rumo a novas vítimas”, já que também mentiu durante as buscas pelo corpo da menina de 5 anos.

O MP enumera os agravantes. Como qualificadora para o estupro, o promotor indica o fato de ele ser padrasto de Maria, o que pode dobrar a pena. Já no caso do homicídio, é citado o crime contra uma criança. Para ocultação de cadáver, há o “âmbito da convivência doméstica, contra mulher”.

Se a denúncia elaborada pelo Ministério Público for aceita pela Justiça, o homem pode ir a júri popular. Um defensor público foi designado para representar o acusado, mas até o momento não se manifestou. Cássio foi preso em flagrante em 18 de dezembro, um dia após cometer o assassinato.

Depois, teve a prisão preventiva decretada no dia 19. Agora, foram solicitadas a quebra do sigilo telefônico e a entrega dos laudos com os exames necroscópico e sexológico. Além disso, foi pedida a manutenção da prisão preventiva por conta do clamor social devido a revolta da população.

Conforme o inquérito policial, Cássio admitiu em interrogatório que usou drogas antes do crime e que “surtou” na manhã do dia 17 de dezembro, quando estava sozinho com Maria Clara. Ele confessou ter estuprado a enteada e confirmou que usou as mãos para apertar o pescoço da criança.

Ele enrolou Maria em uma cortina, a colocou em uma caixa de papelão e a cobriu com plástico. Câmeras flagraram o homem carregando o objeto até chegar ao terreno baldio onde o corpo foi encontrado, na Rua Irmã Nazária Rita de Fillipi, no bairro São Felipe, perto da casa da família.

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