Ponto de Cultura atribui vandalismo a intolerância religiosa

Foto: Bianca L.M. Lopes

A Casa de Cultura Fazenda Roseira foi mais uma invadida, saqueada e vandalizada. Desde agosto do ano passado até o último final de semana foram registrados cinco boletins de ocorrência.

Desta vez, a sede da entidade, localizada próximo ao Hospital da Puc, teve roubada toda fiação externa de iluminação, quatro holofotes, sete câmeras de circuito interno de segurança, dois alarmes, uma TV e uma série de outros objetos.

O ponto de cultura desenvolve uma série de atividades com escolas e grupos culturais. Além disso promove aulas de pós-graduação, possui acervo bibliográfico e salvaguarda o Jongo, manifestação cultural de matriz africana.

De acordo com, Bianca Lucia Martins Lopes, uma das gestoras do ponto de cultura, além dos danos materiais livros, instrumentos musicais, objetos religiosos sagrados e outros bens foram arrombados, desorganizados e destruídos. Para ela, pela forma como ocorreram os fatos trata-se de intolerância religiosa.

O ponto de cultura Fazenda Roseira contava com segurança patrimonial bancada pelo município, porém, apesar dos constantes pedidos, a quase cinco anos a vigilância deixou de ser feita.

Outro problema citado pela gestora do Ponto de Cultura Fazenda Roseira é o mato alto que toma conta das proximidades do local, o que acaba facilitando a ação de vândalos.  O ataque a entidade ocorreu justamente na semana em que se discute a intolerância religiosa no país.

O prejuízo material provocado na sede do ponto de cultura gira em torno de R$ 13 mil. Para arrecadar o montante foi criado uma vaquinha virtual que pode ser acessada nas redes sociais.

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