A adoção da fase vermelha neste sábado, dia 16, em Amparo, na região de Campinas, tem o apoio da maior parte da população. A decisão de se antecipar à reclassificação do Plano SP foi motivada pela alta nos casos de covid-19 e a falta de leitos de UTI.
Nas ruas da cidade, a medida da prefeitura é vista como necessária, mesmo que diminua o movimento e afete diretamente o comércio. Essa é a opinião, por exemplo, de Sidnei Tanghinolli, dono de uma padaria na região central, que montou um balcão na entrada.
Limitando a entrada no local e usando a máscara, diz respeitar as regras para que a situação seja superada o mais rápido possível. “Tem muita gente que não tá digerindo, porque o comércio tá sendo muito prejudicado. Mas pra mim é válido pra prevenir” afirma.
Perto da prefeitura, outra padaria removeu os bancos do balcão e limitou a circulação. Todos os comércios ofereciam álcool em gel. A maior preocupação é com o uso de máscaras, que não é uniforme. A reportagem, inclusive, flagrou pessoas caminhando sem o item.
Por isso Edson Parisato critica o que considera uma falta de cuidado, inclusive de pessoas idosas que andavam perto dele. “Eu tô sabendo que tá grave a situação. E você pode olhar ao redor pra ver que tem gente sem máscara e sem cuidado”, reclama.
O decreto municipal define uma programação de nove dias que mescla a fase laranja em dias úteis e a vermelha aos fins de semana. A medida começou no dia 15 e segue até 24 de janeiro. No período, haverá fiscalização, principalmente sobre as atividades essenciais.
Por conta do colapso na saúde, o prefeito Carlos Alberto Martins, vetou também o aluguel de imóveis para temporada e veraneio. “Nós estamos vivendo aqui em Amparo uma situação muito difícil. Os hospitais estão colapsados, não temos vagas nas enfermarias”, diz.
Desde o início da pandemia até a assinatura do decreto, no último dia 13, Amparo registrou 1.960 casos de covid-19. Entre eles, 39 mortes.