A força-tarefa de combate à covid-19 da Universidade Estadual de Campinas estendeu até o dia 20 o prazo para adesão ao programa de empréstimo de ultrafreezers para o armazenamento de vacinas.
A intenção é analisar a possibilidade de institutos e de empresas da região em disponibilizar entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022 os equipamentos capazes de atingir os 70 graus negativos.
O professor do Instituto de Química, Luiz Carlos Dias, diz que a capacidade da universidade em guardar as doses de RNA mensageiro que podem ser compradas pelo Brasil também é avaliada.
Ele explica que a ideia do projeto surgiu por conta das vacinas da Pfizer e da Moderna, altamente eficazes e que são baseadas na tecnologia que exige baixas temperaturas para serem armazenadas.
Com isso, o espaço da instituição serviria como um ponto de apoio e de distribuição para autoridades de saúde, governos, hospitais e outros locais específicos onde a vacinação será feita.
“Que possam a partir daqui serem distribuídas as vacinas para hospitais, clínicas, outros pontos de apoio, UBSs e os postos de saúde. Enfim, em todos os locais onde a vacinação será gratuita”, diz.
O objetivo é mostrar que as dependências da Unicamp estão à disposição para receber milhões de unidades e são capazes de manter as doses de RNA mensageiro nas temperaturas necessárias.
Mas o professor ressalta que primeiro é necessário que a compra seja feita pelo Governo Federal. Para ele, somente as doses da CoronaVac não serão suficientes para o enfrentamento da pandemia.
Enquanto isso, porém, Luiz Carlos Dias detalha como são os ultrafreezers necessários para não quebrar a cadeia de manutenção das vacinas. Os equipamentos, claro, serão acoplados a geradores.
Até o momento, 15 respostas foram recebidas. A maioria, 11, partiu de institutos da própria universidade. As outras vieram de empresas da região. E alguns desses freezers precisam de ajustes.
Além dos geradores, outras exigências, por exemplo, envolvem os sistemas de backup com cilindro de CO2 e de monitoramento e controle de temperatura que envia mensagens com dados ao celular.
“Apesar da Unicamp ser ponto de distribuição, os freezers não serão movimentados e vão continuar nos lugares onde estarão, porque estão acoplados a geradores e sistemas de monitoramento”, alega.
Para os ultrafreezers que não atendem os requisitos, existe a possibilidade de contratação de serviço técnico especializado. Os interessados devem preencher um formulário no site www.unicamp.br.