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PUC já sente reflexos de superlotação do HC

Foto: Reprodução/ Google Street View

O aumento dos casos de covid-19 e a superlotação do Hospital de Clínicas da Unicamp já começam a afetar o Hospital da PUC-Campinas, que tem um Plano de Contingência se a situação ficar crítica.

De acordo com o diretor clínico do local, doutor Carlos Mattos, apesar de não ser unidade de referência do coronavírus, o espaço sente os reflexos no atendimento de traumas e outras patologias.

A média de procura em janeiro até agora é de 100 pacientes por dia. O movimento, conforme Mattos, praticamente dobrou na comparação com as quatro semanas de dezembro do ano passado.

“Nós prestamos serviço pro SUS e temos as vagas disponíveis pro município. Então, no mesmo minuto que é negada uma vaga em hospital focado na covid-19, ela vem pra gente. O aumento é na hora. Se fechou um hospital, a PUC vai ficar lotada. É uma relação direta e rápida mesmo”, diz.

Com o panorama de alerta devido ao aumento de infecções, a superlotação do HC e a necessidade de suprir a demanda de unidades exclusivas para a pandemia, o monitoramento é diário na PUC.

Mas por enquanto, segundo o diretor clínico do local, nenhuma mudança na grade de cirurgias eletivas do SUS precisou ser feita. Com isso, os procedimentos acontecem normalmente.

No caso das UTIs para pacientes com outras comorbidades e doenças, porém, a realidade é outra. O número de leitos ofertados varia de acordo com a necessidade da rede pública municipal.

“A gente tem o contato direto com o município e vai ofertando os leitos de UTI conforme for precisando. A relação é muito boa. O nosso total foi aumentando com o passar da pandemia. Mas teve uma hora que diminuiu. E agora passou a aumentar. A gente vai respondendo”, afirma ele.

Oficialmente, dos 339 leitos ativos, 204 são destinados exclusivamente para o SUS. O hospital tem uma média mensal de 20 mil consultas, 11 mil urgências e emergências e mais de mil internações.

Na parcela destinada aos convênios particulares, no entanto, a UTI de covid-19 tem 80% de ocupação atual. Já o uso dos leitos de enfermaria para a doença estão atualmente em 60%.

 

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