Com a ocupação de leitos de UTI chegando ao limite em Campinas, a secretaria de saúde do município cobra do governo do estado a disponibilização de mais unidades para garantir o atendimento dos pacientes. Há alguns dias, a rede pública de Campinas opera com uma ocupação de UTI próxima a 100%. Diariamente, o Hospital Mário Gatti atende até 120 pessoas em seu gripário, local destinado para pacientes com possíveis sintomas de covid-19. No Hospital Ouro Verde, o atendimento é de até 90 pessoas por dia. Em janeiro, 3,5% desse total de pacientes precisavam de internação. Já em fevereiro, esse índice chegou a 5%.
A prefeitura trabalha na ampliação da oferta de leitos na cidade. Em cerca de 10 dias, deverão ser disponibilizados mais 24 leitos de enfermaria no Hospital Metropolitano e na UPA do Anchieta. Porém, a urgência é por leitos de UTI. O município estuda a ampliação da oferta em 18 unidades nos próximos dias, com uma possível realocação no Hospital Mário Gatti. Porém, o presidente da Rede Mario Gatti, Sergio Bisogni, disse que a atuação de Campinas tem limite e que é necessário uma intervenção maior do estado na disponibilização de leitos de UTI. Sobre o uso do Hospital de Campanha, o secretário de saúde Lair Zambon, chegou a dizer que a reabertura neste momento seria uma jogada de marketing. Nesta sexta-feira, ele se justificou dizendo que os leitos ofertados no Hospital de Campanha são ambulatoriais e a necessidade é por leitos de UTI.
Neste sábado, a partir das 09 horas, a prefeitura inicia o agendamento para pessoas com idade acima de 80 anos, que devem tomar a vacina contra a covid-19. A vacinação dessa faixa etária começará na segunda-feira, em quatro locais. Além do Centro de Vivência do Idoso, no Taquaral e do Caic da Vila União, as doses serão aplicadas também na Casa da Criança Paralítica, no Parque Itália e no Clube do Círculo Militar. Para essa etapa da vacinação, Campinas recebeu 13 mil doses.