A ampliação de conselheiros tutelares de Campinas foi discutida durante uma reunião online da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude da Câmara de Campinas, nesta terça-feira.
A reunião foi convocada após o caso que revoltou todo o país de uma criança de 11 anos, resgatada pela Polícia Militar, no Jardim Itatiaia, em Campinas, acorrentada pelo próprio pai dentro de um barril, mantida em pé. O menino foi encontrado sem roupa, debilitado e com sinais de desnutrição.
Ele foi socorrido pelo Samu e tratado em Hospitais municipais, acompanhado por equipes de pediatras e nutricionistas. Os moradores do bairro onde o menino foi encontrado alegam que o conselho tutelar da cidade sabia do caso, mas o órgão nega a acusação.
Embora a investigação sobre o caso esteja sob segredo de Justiça, o tema foi debatido nos trabalhos da comissão, contando com a presença da Conselheira Tutelar Sul, Luzia das Graças Assis. Para ela, o caso foi um reflexo do número reduzido de conselheiros numa região de alta vulnerabilidade social.
Ele foi encontrado no último domingo de Janeiro e ao receber alta foi encaminhado a um abrigo da cidade até que a Justiça defina com quem vai ficar a guarda. Para Paulo Bufalo, do PSOL, que também é membro da comissão, o caso é um reflexo de um conjunto de violações cometidas pelos poderes públicos.
O caso chegou às esferas mais altas do poder público. A Ministra Damares Alves, do Ministério da Mulher, veio à Campinas nesta segunda-feira e em reunião com o prefeito de Campinas, Dario Saadi, sugeriu a ampliação de unidades do conselho, admitindo a necessidade de recursos e emendas parlamentares para isso.
O vereador, Professor Alberto, que faz parte da comissão, participou deste reunião. A vereadora Débora Palermo, que preside a comissão, aproveitou para fazer um apelo para que a população continue confiando no Conselho e não deixe de fazer denúncias. A reunião foi transmitida pela TV Câmara e em páginas e canais da Casa nas redes sociais.