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CPFL inicia instalação de rede elétrica na Vila Soma

Foto: Danilo Braga

O processo de regularização da Vila Soma, em Sumaré, ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira, 25, com o início da instalação da rede elétrica pela CPFL. A área abriga hoje cerca de 2,7 mil famílias, com uma população total estimada em 10 mil habitantes. Após todo imbróglio judicial envolvendo a área que foi ocupada há mais de 10 anos, a prefeitura de Sumaré iniciou o processo de regularização da área. Para a instalação da rede elétrica, foi necessário um investimento de R$ 12 milhões, com a colocação de postes em todas as ruas do local e também para a disponibilização dos pontos de recepção em cada imóvel.

Além da iluminação pública, a execução da atividade traz dignidade para as famílias, que pela primeira vez terão um comprovante de endereço. O presidente da CPFL Paulista, Roberto Sartori, disse que na Vila Soma, a empresa vai aplicar a tarifa social, onde são concedidos descontos para pessoas de baixa renda. Ele afirma que o cadastramento das famílias já foi iniciado. “Nós vamos trabalhar para cadastrar todos aqui que têm direito, nós entendemos que é a grande maioria. Tem aqui comércios e outras situações que não têm esse direito, mas as famílias e as residências tem. Nós vamos dar todo o apoio aqui”, garantiu.

O próximo passo, segundo a prefeitura de Sumaré, é fazer as instalações da rede de esgoto e água na Vila Soma, seguidas do asfaltamento das vias do local. O prefeito Luiz Dalben disse que todo esse processo faz parte da regularização da Vila Soma, que acontece sem depender de verbas públicas. “É muito interessante esse projeto. É muito inovador, no Brasil existem muito poucos dessa forma, e com certeza é muito bom para a nossa cidade. Até porque a prefeitura não precisou investir recursos próprios para a regularização de uma área, que vai trazer contribuição”, afirma.

A regularização da Vila Soma tem um significado mais importante para o presidente da Câmara de Sumaré, William Souza, que por anos liderou os moradores nas negociações pela área. Na última década, foram dezenas de manifestações pela cidade, que chegavam a bloquear até mesmo a rodovia Anhanguera. Houve momentos em que a justiça concedeu ordens de reintegração de posse e o local chegou a ser cercado pela tropa de choque da Polícia Militar. A guerra jurídica travada impediu que os moradores fossem removidos da ocupação, possibilitando que a regularização enfim acontecesse. William Souza afirmou que teve medo pelas pessoas que viviam na Vila Soma. “Eu confesso que tive medo em algumas vezes, porque a gente chegou a ver a tropa de choque delimitando toda a área, helicóptero sobrevoando e o Hospital Estadual sendo reservado para um dia de batalha. Todo ser humano naquela situação tem (medo). E hoje vendo tudo isso, valeu a pena”, disse.

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