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Infectologista apoia restrições noturnas

Foto: Danilo Braga

 

Para a médica infectologista da Unicamp e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, doutora Raquel Stucchi, as restrições de circulação definidas por Campinas e pelo governo do estado devem surtir efeito por conta do público mais afetado pela covid-19 nas últimas semanas.

Segundo a especialista, a justificativa das autoridades está de acordo com a avaliação epidemiológica de que pessoas abaixo dos 50 anos estão adoecendo mais e disseminando o vírus através de festas clandestinas e aglomerações em estabelecimentos como bares e restaurantes.

“Eu acho sim que pode ter impacto no bloqueio, porque, de acordo com o que se tem de dados dos últimos dois meses, essa é a camada da população que mais tem adoecido e se aglomerado em bares e restaurantes. Então, acredito que essa medida por cerca de 15 dias tem capacidade”, opina.

Ainda na opinião de Stucchi, as restrições também servem de alerta sobre a possibilidade de um maior endurecimento do isolamento e também são justas porque permitem que as limitações ocorram sem afetar ainda mais as atividades econômicas, já castigadas por conta da pandemia.

Por outro lado, a infectologista cobra das autoridades uma ação complementar para permitir uma circulação adequada e sem aglomerações em coletivos, já que as medidas anunciadas permitem que ônibus circulem e o transporte público está incluído na lista de atividades essenciais.

“Não adianta impedir o deslocamento das pessoas para o lazer se o gestor público não dá condição adequada de transporte público para aqueles cidadãos que precisam sair para trabalhar. Temos que ter um transporte público com um maior número de veículos diariamente”, afirma a doutora.

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