O contrato de concessão dos pontos de ônibus em Campinas, firmado em 2018, previa que, após um ano e meio, a concessionária deveria trocar 225 abrigos antigos por novos e até 17 de janeiro de 2021, mais 223. No entanto, até dezembro de 2020, 254 haviam sido substituídos. A Emdec alega que o cronograma sofreu com o impacto da pandemia e há uma prorrogação de prazo em análise.
Com isso, em alguns bairros onde estava prevista a implantação dos novos abrigos, ainda há um número bem reduzido de novas estruturas instaladas. Na Vila Industrial, por exemplo, na Av. Salles de Oliveira, apenas na frente da Emdec há um equipamento novo. No bairro Vila Nova, onde também há previsão de instalação de pontos de ônibus, pouco foi feito.
Na Avenida Carolina Florence, por exemplo, o comerciante local, Roberto Bertoni, conta que quando chove os passageiros correm pra se esconder na loja dele, que fica ao lado de um ponto de ônibus sem proteção adequada. Para os bairros que não serão contemplados com a concessão, também há a promessa de novos pontos.
Nesse caso, as estruturas que forem retiradas da área central serão revitalizadas e implantadas nos bairros fora da concessão. Mas, a passageira, Rosemarie, que mora no DIC, na Região do Ouro Verde, ainda não observou a mudança. Ela utiliza um ponto da Avenida Pastor João Prata Vieira e relata falta de assentos e pouca proteção em caos de chuva. No total, a concessão prevê a instalação de 900 novos pontos na cidade.
A Emdec informou que os novos equipamentos públicos, cobertos, iluminados, com assentos individuais e espaço para cadeirantes, têm prazo original para implantação de todos os novos abrigos para 13 de janeiro de 2022. Porém, em função da pandemia, que impactou as receitas publicitárias atreladas à concessão, está em análise um pedido de prorrogação dos prazos de instalação dos novos abrigos, amparada pela Lei de Licitação.
