Em fevereiro, o Brasil deverá ampliar a oferta de vacinas contra a covid-19, garantindo uma cobertura mais eficiente da imunização dos grupos prioritários. A chegada de insumos no Instituto Butantan e na Fiocruz nesta semana, vão garantir a produção de milhões de doses dos imunizantes da Sinovac e de Oxford, o que ampliará a cobertura vacinal em todo o território nacional. Paralelo a isso, a Anvisa flexibilizou o seu protocolo de aprovação de vacinas para uso emergencial. Com a mudança nas regras, a agência estipulou que os resultados da fase 03 de ensaios clínicos, desenvolvidas em outros países deverão ser avaliados em até 30 dias pelo órgão. Antes eram 10 dias com base em testes feitos no Brasil.
Isso facilita a incorporação da vacina russa Sputnik V no plano nacional de imunização. Segundo a médica infectologista da Unicamp e membro da sociedade brasileira de infectologia, Rachel Stuchi, o cenário é animador. Ela acredita que em março, toda a população idosa do Brasil, com idade superior a 65 anos, já deverá estar imunizada, o que deverá reduzir consideravelmente os indicadores da pandemia em abril. “Durante o mês de março a gente consegue, aqueles acima de 65 anos, sejam todos contemplados. Aí, a partir de abril, a gente já deve ter um reflexo da proteção conferida pela vacina”, afirma. Nesta semana, o Brasil atingiu a marca de 2,5 milhões de pessoas já vacinadas contra a covid-19.