Preço da gasolina dispara e revolta motoristas

Foto: Danilo Braga

O preço da gasolina disparou nas bombas de combustíveis em Campinas e o preço cobrado deixou motoristas revoltados. Desde o início do ano, o preço médio de venda da gasolina às distribuidoras já subiu 22%, enquanto o diesel subiu 10,9%. Depois que a Petrobras anunciou dois aumentos no mês passado, a média nacional do combustível chegou a R$ 4,76 o litro, sendo o maior valor registrado desde 2013. O preço médio da venda de gasolina nas refinarias passa a ser de R$ 2,25 o litro, refletindo o aumento médio de R$ 0,17 o litro.

Em Campinas, na região central, o preço do combustível podia ser encontrado nesta terça-feira, 09, por até R$ 4,49. O valor, claro, deixou os motoristas assustados e revoltados, principalmente aqueles que trabalham com transporte. Mesmo que opta pelo etanol, não fica feliz com a situação. “Tô optando mais pelo etanol do que pela gasolina. Não tem como usar mais a gasolina”, disse um motorista. “Tá muito alto o preço. Não está nem compensando a gente trabalhar um absurdo mesmo”, completou outro que atua no transporte por aplicativo.

O Recap, sindicato dos donos de postos de combustíveis divulgou uma nota onde informa que o setor de revenda varejista de combustíveis é o elo mais competitivo de seu mercado, com mais de 41 mil postos em todo o país. Segundo os dados estatísticos da ANP, a margem média da revenda varejista de combustíveis, representa, aproximadamente, 9,8% do preço total e muito semelhantes às praticadas nos países desenvolvidos. Ainda de acordo com o Recap, os tributos representam, em média, 44% do valor da gasolina, 27% do diesel e 24% do etanol, encarecendo os preços.

O presidente da entidade, Flávio Campos, acredita que a única maneira de resolver o problema do preço dos combustíveis é através de uma reforma tributária. “Definitivamente, não são os postos que oneram o preço final dos combustíveis no Brasil. Mesmo que não houvesse os postos na cadeia dos combustíveis e fosse direto nas bases e nas refinarias, os preços seriam altos do mesmo jeito. Então, o que precisa ser feito com urgência é uma reforma tributária, que mude radicalmente esse cenário dentro do Brasil, que mais paga uma quantidade maior de tributos”, afirma.

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