Na reunião do prefeito de Campinas Dário Saadi com representantes de hospitais públicos, privados e de planos e operadoras de saúde foi discutida a possibilidade da adoção de um lockdown para controlar a pandemia. Além disso, todas as cirurgias eletivas foram suspensas.
Os detalhes sobre os temas abordados no encontro foram confirmados pelo próprio chefe do Executivo diante da situação grave da rede de atendimento no município, que sente a pressão por vagas e registra espera de pacientes infectados por internação em leitos de enfermaria e UTI.
A suspensão das cirurgias eletivas passa a valer nesta quarta, com exceção dos procedimentos oncológicos e cardiológicos. Uma comissão interna de cada hospital vai avaliar quais operações são essenciais. Na rede pública municipal, as intervenções eletivas já estavam suspensas.
“Ficou decidido nesta reunião que as cirurgias eletivas em Campinas estão suspensas e também foram discutidas as possibilidades de ampliação das medidas restritivas na cidade e até de lockdown, como importantes ações para bloquear a transmissão do vírus”, definiu o prefeito.
Ainda de acordo com Dário, uma força-tarefa envolvendo os participantes da reunião foi estabelecida para avaliar diariamente a situação da pandemia e as dificuldades enfrentadas por cada unidade de saúde. Todos os representantes reconheceram que o momento é gravíssimo.
O secretário de Saúde, Lair Zambon, o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, e a diretora de Saúde, Deise Hadich, estiveram na reunião, assim como membros de 12 hospitais. Convidado, o HC da Unicamp não participou da conversa.
Para definir quais medidas restritivas podem ser adotadas para frear e reduzir o contágio pelo coronavírus entre as populações, o prefeito Dário Saadi também vai se reunir virtualmente com os chefes dos executivos de cidades da Região Metropolitana de Campinas.