As vacinas CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac e do Instituto Butantan, e a AstraZeneca, feita em parceira com a Universidade de Oxford, são eficazes contra a variante de Manaus do coronavírus, de acordo com duas pesquisas preliminares conduzidas sobre os imunizantes.
O estudo sobre a CoronaVac, que será ampliado para a obtenção de dados definitivos, foi feito por meio do exame de amostras de sangue de pessoas que receberam as doses e que foram testadas contra a chamada variante P1. E os resultados indicam que há eficácia contra a cepa.
A variante originada na capital do Amazonas é apontada como mais transmissível do que as anteriores e por isso é vista como um dos fatores que levaram ao novo crescimento dos casos e da piora da pandemia de covid-19 no Brasil, principalmente nos primeiros três meses de 2021.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse em ocasiões anteriores que a CoronaVac teve resultados “muito positivos” em testes feitos na China contra as variantes britânica e sul-africana da doença, também apontadas como mais contagiosas que cepas anteriores do vírus.
O Butantan já entregou 16,1 milhões de doses da CoronaVac, que é aplicada em duas doses, ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. O PNI também conta atualmente com 4 milhões de doses importadas prontas da Índia da vacina da parceria entre AstraZeneca e Oxford.
Os resultados sobre o imunizante, inclusive, também foram divulgados pelo diretor da Bio-Manguinhos, Maurício Zuma. A pesquisa, realizada pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford com base em amostras enviadas pela Fiocruz, deve ser divulgado oficialmente nesta semana.