Decreto para intervenção do Hospital Metropolitano gera impasse

Foto: Lilian de Souza

Diante dos altos índices de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid 19, a prefeitura de Campinas publicou nesta terça-feira, um decreto para assumir o Hospital Metropolitano de Campinas, uma clínica privada, localizada na Avenida das Amoreiras, que está desativada em razão de dívidas. A intenção da administração, era utilizar a unidade hospitalar para ampliar a capacidade de atendimento da rede.

Nesta manhã, servidores da Rede Mário Gatti, sob escolta da Guarda Municipal, assumiram a unidade  e os cerca de 20 funcionários que continuavam trabalhando no hospital foram impedidos de entrar. Até mesmo para retirar seus pertences, os trabalhadores precisaram ser acompanhados por seguranças, segundo a recepcionista Andréa Henrique.

Além do impasse com os funcionários, o grupo empresarial Wakanda alega ter comprado o hospital no mês passado, assumido as dívidas da antiga gestão e que se preparava para assumir nesta quinta-feira para prestar atendimento aos pacientes contaminados pelo Coronavírus, de acordo com José Lúcio de Souza, representante do grupo.

O Grupo Wakanda também classificou a ação da prefeitura como invasão e declarou que o ato fere o direito à propriedade privada. De acordo com a nova gestão, a proposta da unidade será prestar suporte especializado à população negra que registra mais casos de morte pela Covid 19.

A prefeitura de Campinas disse que irá se manifestar sobre o assunto em uma Live com o Prefeito Dário Saadi ainda nesta tarde.

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