A escassez de medicamentos e insumos no Hospital de Clínicas da Unicamp tem feito com que equipes médicas discutam, internamente, protocolos médicos a serem adotados para a escolha de quais pacientes permanecerão sendo atendidos.
A informação foi revelada pelo superintendente do HC, Antônio Gonçalves de Oliveira Filho, durante o fórum virtual da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, na noite desta quinta-feira.
Há semanas o HC sofre uma pressão em função do aumento nas internações em leitos de enfermaria e UTI.
Segundo ele, com pessoas à espera de leitos e o aumento de casos em progressão “geométrica”, a unidade já discute o cenário de ter de escolher pacientes que serão atendidos, inclusive com análise do “manual de decisões difíceis baseado na escassez de recursos”.
O superintendente do HC, Antônio Gonçalves de Oliveira Filho, alertou que o hospital tem o relaxante muscular Rocurônio para mais seis dias e os estoques de Midazolam, usado para sedação, “estão críticos”.
Campinas já adota desde esta quinta-feira um Toque de Recolher das 20h às 5h, inclusive com o transporte público parando às 23h.Nesta sexta-feira, o prefeito de Campinas, Dário Saadi e os demais chefes do executivo da Região Metropolitana de Campinas, em reunião virtual, decidiram por ampliar essa medida restritiva para todas as cidades da RMC. Além disso, afirmaram que irão intensificar as fiscalizações.