Um dia após a Anvisa ter rejeitado o pedido para a realização dos testes em humanos da vacina ButanVac, o Instituto Butantan informou que começou a produção do primeiro lote do imunizante brasileiro. Serão fabricadas um milhão de doses nesse momento, que farão parte da primeira etapa do ciclo produtivo, que promete 18 milhões de doses disponíveis para o Plano Nacional de Imunização, já na primeira quinzena de junho.
Na noite desta terça-feira, 27, a Anvisa informou que, após as análises técnicas dos documentos apresentados, enviou ao Butantan uma lista de exigências solicitando informações que não constam no pedido de autorização para a realização do primeiro estudo clínico em humanos da ButanVac. Enquanto a agência aguarda os documentos solicitados, o prazo para a análise do pedido fica interrompido.
O governador de São Paulo pediu celeridade nas análises realizadas pela Anvisa. João Doria lembrou o alto número de mortes na pandemia como uma justificativa urgente para diminuir os trâmites burocráticos da agência. “(Pedimos) Para que a Anvisa tenha senso de urgência para a aprovação da testagem e a aprovação desta vacina. O Brasil segue infelizmente perdendo 2,5 mil vidas todos os dias. Já temos 395 mil mortes no Brasil. Menos burocracia e mais solidariedade. É o que nós esperamos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, afirma.
O Instituto Butantan informou ainda que vai antecipar do dia 03 de maio para esta sexta-feira, a entrega de 600 mil doses da CoronaVac para o Ministério da Saúde. O governo solicitou ao laboratório chinês Sinovac a antecipação da entrega do novo lote de insumos e também a ampliação de 03 mil para 06 mil litros do produto. O governo ainda não recebeu resposta sobre o pedido.
