Ao contrário do restante do estado, Campinas segue mantendo as escolas fechadas como parte das medidas mais duras para o enfrentamento da pandemia, que está em seu pior momento no Brasil. O sistema de saúde do município segue perto de seu limite, mas a boa notícia é que os indicadores parecem apontar para uma estabilidade. Enquanto os números sobre novos casos, internações e mortes não diminuem, a prefeitura mantém em vigor o decreto municipal, que entre outras ações determina que as instituições de ensino, públicas ou privadas, permaneça fechadas.
O Movimento Escolas Abertas, idealizado e encabeçado por pais de alunos, tem um entendimento de que as unidades deveriam estar funcionando no sistema presencial. Eles alegam que seria possível trabalhar com um número reduzido de alunos e minimizar as consequência que a pandemia pode trazer aos mais jovens. O diretor do Colégio Crescer e um dos representantes do Movimento Escolas Abertas, Anderson Gama, explica que a defesa é pela abertura parcial das instituições de ensino, seguindo os mesmos protocolos adotados na fase vermelha do Plano São Paulo. Ele explica que uma sala onde cabiam 30 alunos, receberia oito estudantes no máximo. “É claro, que a gente não defende aqui abrir totalmente. Tem que ir todo mundo. Não. Estou defendendo como é na fase vermelha. 35% dos alunos. Numa sala que cabe 30 ou 32 alunos, nós estamos falando de oito, quatro. Tem sala que as vezes tem três alunos, com espaçamento e com todas as regras. A gente não está defendendo uma abertura completamente desorganizada”, afirma.
Em nota, a prefeitura de Campinas tem avaliado com rigor a situação epidemiológica na cidade para decidir sobre medidas restritivas, que também são adotadas de acordo com orientações do estado. No momento, prevalece o decreto em vigor que proíbe as aulas presenciais.
