Embora a pandemia de Covid 19 tenha atrapalhado o desenvolvimento de pesquisas em laboratórios e obrigado a adequação do setor ao trabalho remoto, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) encerrou o ano de 2020 com 48 novos contratos de licenciamento para exploração de propriedade intelectual assinados com empresas, atingindo a marca de 170 licenças vigentes. O número é o maior registrado pela Universidade em 20 anos, desde 2001 quando o levantamento começou a ser feito.
Para o diretor-executivo da Inova Unicamp, Newton Frateschi, a crise obrigou muitos setores a buscarem novas saídas e alternativas para os desafios que surgiram, especialmente nas áreas médicas e de saúde.
O software que gera inventários padronizados de equipamentos médico-hospitalares foi licenciado de uma só vez e sem custos para 33 hospitais federais e duas empresas públicas de saúde.
No que se refere à propriedade intelectual, a Unicamp também superou a série histórica com a concessão de 106 novas patentes, sendo 101 delas no Brasil. O número representa um aumento de 42% em relação a 2018, segundo melhor ano em depósitos concedidos. Ao longo de 2020, outras 64 patentes foram depositadas e mais 110 comunicações de invenções foram recebidas pela Agência de Inovação. Com isso, a Universidade Estadual de Campinas atingiu um portfólio de 1212 patentes.
Para o diretor, os resultados são importantes para valorizar a área da Ciência, Inovação e Tecnologia, que sofreu com sucessivos cortes de orçamentos em 2019.