Gestantes serão monitoradas após vacinação suspensa

Foto: Danilo Braga

A Anvisa emitiu uma nota técnica recomendando a suspensão imediata do uso da vacina contra a covid-19 Oxford/AstraZeneca em mulheres gestantes. A medida foi tomada após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro após ela receber uma dose do imunizante, que é produzido no Brasil pela Fiocruz. Ela havia recebido uma dose do imunizante, e faleceu após desenvolver uma trombose.

O Ministério da Saúde investiga o caso, e ainda não há relação comprovada entre a aplicação da vacina e o óbito da gestante. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina por gestantes sem orientação médica.

Apesar de não haver registro de evento adverso em gestantes com outras vacinas, o estado de São Paulo suspendeu a vacinação em geral contra a covid-19 para as gestantes com comorbidades, incluindo também as vacinas da Pfizer e a Coronavac.

Na avaliação da médica ginecologista Larissa Cassiano, a decisão da Anvisa foi correta, mas a do estado não. “A suspensão deveria incluir apenas a vacina da AstraZeneca, visto que as outras vacinas eles não observaram nada parecido, embora ainda faltem estudos mais sustentados, estudos que avaliem melhor a evolução da vacina nas pessoas que estão recebendo e nas gestantes, então é importante que a gente tome muito cuidado com essa suspensão pois as outras vacinas não apresentaram esses eventos adversos relacionados com a AstraZeneca”, afirma.

A ginecologista afirma que as grávidas que receberam a vacina devem manter a calma, e que elas devem seguirem com um acompanhamento frequente do médico ou médica obstetra. “Quem tomou a primeira dose da vacina da AstraZeneca, não desenvolveu nenhum evento adverso, não teve dor em membros inferiores, não teve quadro de sangramento, não teve nenhuma alteração, deve conversar com o obstetra, mas o risco de uma alteração posterior é menor, e quem está na dúvida sobre vacinar, sobre tudo isso é importante que converse com o obstetra para sanar todas as dúvidas se sentir mais segura neste momento”.

A médica afirma ainda que as gestantes não devem temer a vacinação, e que outras vacinas seguem recomendadas durante a gestação. “As vacinas de maneira geral, a contra a gripe já é bem conhecida e é recomendada para todas as gestantes, que são grupo prioritário. Elas também devem realizar a vacina da hepatite caso o calendário vacinal não esteja completo, e também devem realizar a vacina contra o tétano após 20 semanas de gestação”.

Segundo o governo do estado de São Paulo, a suspensão da vacinação em gestantes com comorbidades será mantida até que haja uma nova orientação por parte do Ministério da Saúde.

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