Política de cotas passa por renovação e movimento faz petição

Um dos acontecimentos mais marcantes da história do Brasil, a abolição da escravatura foi aprovada há 133 anos atrás. No dia 13 de maio de 1888, a regente do Brasil, princesa Isabel, assinou a Lei Áurea e determinou o fim da escravidão dos negros no país. Foram 388 anos de senzala até que o Brasil tomasse a iniciativa. O país foi o último das Américas a abolir a escravidão de africanos e descendentes. A última pesquisa realizada em 2019 pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aponta que 54% da população brasileira é negra. 

Com a chamada Lei das Cotas, aprovada em 2012, Instituições de Ensino Superior vinculadas ao Ministério da Educação e Instituições federais de ensino técnico de nível médio reservam 50% das vagas para estudantes negros. A regra não atinge instituições privadas. Para o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, Prof. José Vicente, é possível observar o sucesso da lei de cotas através do crescimento de estudantes negros nas universidades públicas. Infelizmente, as políticas de cotas não se mostraram efetivas quando feito o recorte do mercado de trabalho. José Vicente ressalta a ausência de mulheres negras em cargos mais altos. 

E não somente em ocupação de cargos a mulher negra fica em desvantagem quando o assunto é mercado de trabalho. Dados de 2016 do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mostram que mulheres brancas têm salários 70% mais altos que as mulheres negras. Para que o cenário apresente alguma melhora, seria preciso aprimorar as políticas de cotas, que agora passam por renovação prevista após 10 anos na lei assinada em 2012. O Movimento AR, de mobilização voluntária e liderado pelo Prof. José Vicente, busca assinaturas em uma petição para garantir que a renovação da Lei de Cotas seja aprovada. Para assinar, basta acessar movimentoar.com.br, clicar no banner indicado, e preencher os dados solicitados. 

 

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