Os prefeitos das 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas ingressaram com uma representação na Fundação Procon para que o órgão investigue uma possível prática de preços abusivos em passagens aéreas de voos que partem do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Segundo os chefes do Executivo, existe uma diferença entre o valor da passagem cobrado em Campinas em relação a terminais próximos, como Congonhas, em São Paulo, e Cumbica, em Guarulhos.
A reunião entre os prefeitos e o diretor executivo da Fundação Procon, Fernando Capez, foi realizada virtualmente nesta terça-feira. O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos) afirmou que a empresa Aeroportos Brasil devolveu a concessão de Viracopos porque a receita ficou muito abaixo do esperado ao longo da concessão, com um volume menor de passageiros em relação ao estimado no contrato.
O presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC e prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, disse que os moradores da região pagam mais barato embarcando nos aeroportos de Congonhas e Cumbica por causa dos preços praticados em Viracopos.
Segundo o diretor de relações institucionais do Procon, João Silvestre Bôrro, as passagens estão dentro ou até abaixo da média do mercado.
Assim que a representação for formalizada, o órgão vai notificar as empresas a apresentarem planilhas de custos para explicar as diferenças dos preços praticados entre Viracopos, Guarulhos e Congonhas.
Por meio de nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que não comenta política de preços das companhias aéreas, pois trata-se de uma estratégia individual de cada companhia.
