As aulas na rede municipal de ensino de Campinas foram retomadas nas últimas semanas. Em 26 de abril houve o retorno das aulas nas escolas municipais de Ensino Fundamental (Emefs) da cidade. Já neste dia 3 de maio foi a vez das escolas de educação infantil, as creches, retomarem as atividades.
Anteriormente havia a previsão de retorno somente quando a região estivesse na fase amarela do Plano São Paulo. Atualmente a região está na recém-criada “Fase de Transição”, dentro ainda da Fase Vermelha do Plano São Paulo. Mesmo assim, a reabertura das escolas foi autorizada.
O secretário municipal de Educação, Tadeu Jorge, explica o motivo desta mudança de critério. “O Devisa apontou que havia condições de retorno das escolas, porém não com 50% da sala, mas em até 35%. Como essas condições indicavam a possibilidade de retorno, considerando a essencialidade das atividades das escolas, nós decidimos pelo retorno”, explica.
Segundo o secretário, diversas medidas foram tomadas antes da reabertura de cada unidade, com várias inspeções, e uma campanha de conscientização aos alunos, que incluiu distribuição de itens como máscaras e álcool gel a alunos e professores, sendo que estes também receberam face-shields para uso em sala. “Pra cada uma das creches e escolas da rede municipal o Devisa emitiu um parecer detalhado, item a item, apontou as escolas que estavam aptas segundo essa especificação, e aquelas que demandavam providências mais detalhadas para garantir a segurança, então todo esse esforço foi realizado, e as escolas portanto só funcionam quando atendem a todo esses requisitos colocados pela Vigilância Sanitária”.
Tadeu Jorge afirma que após mais de um ano de paralisação, crianças de uma mesma turma apresentam diferenças quanto à forma de lidar com o ensino à distância. “As crianças não sofreram todas o mesmo impacto, algumas tinham condições melhores para aprendizagem remota, por isso tiveram impactos menores, outras, com dificuldades de acesso, tiveram enormes dificuldades para acessar as atividades remotas que estavam colocadas. Isso mostra que o prejuízo causado à formação não se dá com a mesma intensidade a todos os alunos”, avalia.
Por isso, segundo o secretário, na primeira semana de retorno para cada sala, haverá uma avaliação individual sobre em qual estágio o aluno se encontra após o período de paralisação. “Haverá o que nós chamamos de avaliação diagnóstica, vamos fazer um processo metodológico que nos permita determinar quais os prejuízos que a ausência das atividades presenciais como isso afetou a formação que as crianças deveriam ter tido após esse pouco mais de um ano sem atividades presenciais”.
Neste momento o retorno presencial é facultativo ao aluno, ou seja, caso a família não queira levá-lo à escola, o estudante poderá seguir acompanhando as aulas pelo sistema remoto, recebendo o mesmo conteúdo ministrado em sala.