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Taxa de imóveis vagos registra queda no primeiro trimestre

O mercado imobiliário no Estado de São Paulo demonstrou um início de recuperação em março deste ano, mais especificamente no setor de locações. A taxa de vacância de imóveis residenciais e comerciais voltados para locação no Estado de São Paulo fechou março em 22,9%, segundo levantamento realizado pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC).
Foto: Valéria Hein

O mercado imobiliário no Estado de São Paulo demonstrou um início de recuperação em março deste ano, mais especificamente no setor de locações. A taxa de vacância de imóveis residenciais e comerciais voltados para locação no Estado de São Paulo fechou março em 22,9%, segundo levantamento realizado pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC). O levantamento considerou uma amostra de aproximadamente 19 mil imóveis administrados por empresas de todo o Estado.

Para efeito de comparação, em dezembro do ano passado, pico da vacância de imóveis comerciais e residenciais no Estado desde o início da pandemia, cerca de 25% dos imóveis para locação no estado estavam desocupados. Em março de 2020, primeiro mês da pandemia, o percentual de imóveis vagos estava no patamar de 18%.

Para o presidente da AABIC, José Roberto Graiche Júnior, a diminuição na taxa de imóveis desocupados é reflexo da melhora na economia. “O mercado de locação ele sempre acompanha economia, e a diminuição da taxa de vacância se dá em relação à melhora na economia do estado, foram divulgados índices do IBGE de mais de 200 mil novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2021”, explica.

Ele ressalta, porém, que a segunda onda da covid-19 e a intensificação de medidas de restrição do Plano São Paulo levaram os números a uma estagnação, interrompendo a recuperação do setor, sendo o setor residencial o mais impactado, pois muita gente deixou de se mudar para o estado para trabalho ou estudos, quebrando um ciclo habitual em todo começo de ano. “O aumento na vacância ocorreu em maior escala nos imóveis residenciais, no comercial houve até uma queda em relação ao fechamento de 2020, porque no começo do ano temos muita migração de pessoas para o estado de São Paulo para estudo, mudança de emprego, e ela não ocorreu nesse primeiro trimestre do ano”.

Isso se reflete nos números. Os imóveis comerciais foram os que puxaram melhora dos números, com a vacância caindo de 38% em dezembro de 2020 para 27,5% em março deste ano. Em março de 2020 este percentual era de 20%. Já nos imóveis residenciais houve piora. Em dezembro de 2020 a vacância era de 18%, e em março de 2021 o índice foi para 20%. Em março de 2020 a taxa de vacância residencial no estado era de 9%.

O presidente da AABIC afirma que o momento exige que os proprietários sejam mais flexíveis, e topem negociar os valores, sob o risco de perdem os inquilinos. “Nós sempre recomendamos, diante da grande oferta de imóveis disponíveis no mercado, que ele passe a negociar, muitas vezes até conceder algum tipo de desconto, mesmo que provisório, para que mantenha esse imóvel alugado, se ele desocupar a velocidade de locação para um novo negócio ela está maior do que vinha ocorrendo antes da pandemia”.

Ele afirma que a expressiva alta do IGP-M, cujo acumulado em 12 meses chegou a 32% em abril, não tem impactado nos números, pois são raros os casos em que não há negociação entre proprietários e inquilinos. Ainda de acordo com dados da AABIC, os reajustes dos contratos dos alugueis, em 2021 estão variando entre 6% e 10%.

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