Faltando apenas duas semanas para o fim da campanha de vacinação contra a gripe, Campinas não chegou nem perto de imunizar o grupo prioritário, apontado como público-alvo. Apenas 48% recebeu a dose da vacina, o que corresponde a 195 mil aplicações. A expectativa era de imunizar pelo menos 95% das pessoas com mais de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e menores que seis anos, profissionais de saúde e de educação, grávidas, puérperas e portadores de doenças crônicas. A situação é preocupante, uma vez que os vírus H1N1, H3N2 e B podem causar problemas respiratórios graves e levar pacientes a morte.
A importância de se receber a dose aumenta neste período de pandemia, com as UTIs dos hospitais lotadas com pessoas com covid-19. De acordo com a enfermeira do programa de imunização da prefeitura, Patrícia Rigo, os esforços seguem concentrados na vacinação do grupo prioritário. Ela explica que, por enquanto, não há previsão de se abrir a vacinação para a população em geral. “Primeiramente a gente tenta ao máximo atingir a cobertura do público-alvo, que são as pessoas de maior vulnerabilidade neste período. Não alcançando esse alvo, já com a campanha estendida e prorrogada, e com o apoio da secretaria de estado, é que seria aberto para a população geral”, afirma.
Em Campinas, a campanha de vacinação contra a gripe também incluiu nos grupos prioritários trabalhadores do sistema de transporte público, caminhoneiros, forças de segurança e salvamento e trabalhadores do sistema prisional. A vacina está disponível de graça em todos os centros de saúde da cidade.