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DRE investiga preconceito contra aluno que propôs discussão LGBT

Foto: print cedido pela família do aluno

A Diretoria Regional de Ensino informou que está investigando a denúncia de preconceito contra o aluno que propôs um trabalho escolar com temática LGBT, na escola estadual Aníbal de Freitas, em Campinas. O caso aconteceu na última sexta-feira, 11, quando o estudante, de 11 anos de idade, sugeriu o tema em um grupo de WhatsApp do 6º ano do Ensino Fundamental. Imediatamente ele passou a ser atacado por pais de alunos e também por pessoas que teriam se identificado como membros da diretoria da instituição de ensino.

Durante algumas horas, o estudante recebeu várias mensagens criticando a sugestão e um número, identificado como sendo da diretora da escola, pedia que o estudante apagasse a proposta. Uma mulher que se identificou como coordenadora da escola chegou a ligar para o aluno e exigiu aos gritos que ele retirasse a sugestão do grupo. A irmã da vítima registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e fez um relato no Facebook, que ganhou repercussão. Questionada, a Diretoria Regional de Ensino, informou que está ouvindo os representantes da escola e que vai apurar as responsabilidades.

O dirigente da entidade, Nivaldo Vicente, disse que foi criada uma comissão para cuidar do caso. “Esse fato está sendo apurado, existe uma comissão de supervisores verificando isso e estamos apurando e ouvindo, por ser uma sociedade democrática, por sermos uma escola democrática, uma gestão democrática, então nós estamos ouvindo todos os lados para chegarmos a uma conclusão da melhor maneira possível”, afirmou. Nivaldo Vicente reforçou ainda que a secretaria estadual, de um modo geral, repudia qualquer ato de preconceito em suas unidades de ensino. “A secretaria de estado da educação repudia, qualquer ato, qualquer tipo de preconceito, dentro ou fora da escola, num contexto geral do dia a dia, em especial da diversidade”, disse.

As capturas de tela e áudios divulgados pela irmã do aluno mostram que, após a sugestão, houve uma sequência de mensagens nas quais pais de alunos e pessoas que se identificaram como sendo da direção e afirmaram que a ideia do estudante era absurda e inadequada.

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