O Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou seis suspeitos de envolvimento com uma fábrica de perfumes falsificados, em Limeira. Uma operação policial ocorreu no local no último dia 8. A Promotoria relata, na acusação oferecida à Justiça, crimes contra a saúde pública, meio ambiente e relações de consumo. Também pode ser configurada formação de organização criminosa. O promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, responsável pela investigação do caso, afirma que as penas podem variar de seis anos e meio a 18 anos e meio de prisão.
Segundo o MP, quatro dos denunciados foram localizados no galpão da fábrica dentro de um veículo, onde também foram encontrados diversos frascos de perfumes falsificados. Identificada como sócia-proprietária, Sonia Cardoso Quintana foi encontrada no estabelecimento, e Sebastião Patini, identificado por ela como sócio, também estava no espaço. No galpão funcionava um laboratório químico, com equipamentos para o envase, embalagem e acondicionamento. Isso configura uma potente linha de produção de cosméticos falsificados. Também foi citada a produção de arnica, álcool em gel, gel de cabelo e pomadas modeladoras.
Foram apreendidos mais de 50 mil perfumes finalizados, embalagens, tampas, rótulos e outros itens que somam 2,6 milhões de unidades. Também foi constatada a presença de tambores e recipientes com produtos químicos inflamáveis sem medidas de segurança e proteção. Segundo o inquérito policial, o estabelecimento funcionava há pelo menos dois anos. Além das prisões, foram apreendidos documentos, mais de R$ 200 mil em folhas de cheques, máquinas de cartão e R$ 11 mil em dinheiro.