A Secretaria de Planejamento e Urbanismo da Prefeitura de Campinas publicou no Dário Oficial do município (no dia 30 de abril) a autorização da demolição do estádio Brinco de Ouro da Princesa.
No local, a empresa MMG Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda, do empresário Roberto Graziano, será responsável pela construção de um novo empreendimento comercial e residencial. Isso só poderá ser feito quando a mesma cumprir com a obrigação de construir um novo estádio, uma sede social e um CT (Centro de Treinamento) para o clube.
Para conversar sobre o assunto, o CBN Esportes 2ª edição dessa segunda-feira (28) entrevistou Marcelo Galli, Presidente do Conselho Deliberativo do Guarani e membro da Conselho Imobiliário.
Galli confirmou que o Guarani tem direito a receber 14% do VGV (Valor Geral de Venda) do empreendimento que será construído no local onde hoje fica o estádio, mas que ainda não é possível calcular o valor exato.
“Foi garantido ao Guarani 14% de participação no VGV e esse valor está pago com clube social, arena, CT com esses pagamentos mensais que o Guarani recebe de R$ 350 mil e com o valor já acordado na Justiça do Trabalho. Foi garantido que os 14% do VGV seriam suficientes para isso. Se não forem, no mínimo terá que ser pago isso”, disse Galli.
“A expectativa é que o VGV possa ser bem maior do que isso [R$ 160 milhões], porque o VGV é apurado a cada venda que é feita. Então só vai ser apurado o valor total do VGV ao final do empreendimento, ao final da venda de todos as unidades de residenciais e comerciais”, completou.
Outra dúvida é se a arena do Guarani, que será construída pela empresa de Roberto Graziano, vai ser em Campinas ou outra cidade. Galli disse que não há possibilidade de ser longe do município.
“Não há uma obrigação de que seja em Campinas, mas evidentemente que se for construído em Ribeirão Preto não faz sentido nenhum, a questão tem que fazer sentido. A Justiça do Trabalho de Campinas que determinou isso e creio eu que tem que ser em Campinas, próximo, não há o pensamento de se fazer em um local distante […] Que sejam locais que atendam aos torcedores e sócios do Guarani e provavelmente vai ser em Campinas. Eu não posso bater o martelo porque a decisão não cabe a mim, vai caber aos associados do clube, mas temos absoluta certeza e tranquilidade que estamos trabalhando somente com áreas acessíveis aos torcedores do Guarani FC e pensando também em um crescimento da torcida”, explicou.
