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Polêmica não afeta testes da Covaxin em Campinas

Foto: Reprodução/Bharat Biontech (Twitter)

Cerca de mil voluntários devem participar do estudo da vacina Covaxin, em Campinas, realizado pelo Ipecc (Instituto de Pesquisa Clínica de Campinas). A fase 3 de ensaios clínicos da vacina produzida pelo laboratório indiano Bahrat Biotech está prevista para ser feita em julho, e depende da entrega de insumos ao país.

O Médico Cardiologista e Pesquisador Diretor do Ipecc, Dr. Francisco Kerr Saraiva, minimiza o impacto das polêmicas em torno do imunizante na pesquisa, em especial a acusação de que o Governo Federal teria ordenado a compra da Covaxin por um valor muito acima do mercado, o que poderá levar a possível cancelamento da aquisição do imunizante para o Programa Nacional de Imunização (PNI). “Em relação às questões do governo, eu diria que são questões comerciais, o que nos importa é verificar se essa vacina protege, o mais importante é rejeitar o vírus, que já tirou mais de meio bilhão de vidas do nosso povo”.

Ao todo 7 mil moradores de Campinas e região se inscreveram para participar da pesquisa, que deve recrutar no total 4,5 mil voluntários em todo o Brasil. O estudo é feito em parceria com o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, que será responsável pela importação da vacina.

A Anvisa liberou os ensaios clínicos em 13 de maio, e os testes deveriam ter sido iniciados no mesmo mês, mas os imunizantes contra a covid-19 ainda não foram enviados pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

Participarão do estudo pessoas com idades entre 18 e 45 anos, que receberão ou doses do imunizante, ou de um placebo, com intervalo de um mês entre as aplicações. A princípio o grupo não saberá se foi o imunizado ou recebeu o placebo.

Não poderão participar pessoas que já tiveram a covid-19 ou que já foram imunizadas pelo PNI. Depois da aplicação das doses haverá acompanhamento de cada paciente ao longo de um ano, para avaliar a resposta do imunizante no organismo. “Se o PNI chegar na idade daquela pessoa que participou do estudo a gente ‘quebra o cego’ para revelar se ela tomou o princípio ativo ou não, se não tomou aí ela toma a vacina do Programa Nacional de Imunização”. Com o avanço do PNI, a tendência é que as pessoas do grupo placebo sejam imunizadas com outras vacinas, e com isso o comparativo da pesquisa passará a ser entre a Covaxin e outros imunizantes disponibilizados à população.

Segundo resultados de estudos preliminares divulgados pela Bharat Biotech, a Covaxin tem eficácia de 100% contra casos graves da Covid-19, 78% para casos leves e moderados e de 70% para casos assintomáticos. O cadastro para interessados em participar da pesquisa segue aberto, e pode ser realizado clicando aqui.

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