Unicamp fará levantamento sobre prevalência da covid em SP

Foto: Danilo Braga

A Unicamp irá realizar uma pesquisa em algumas das principais cidades do estado de São Paulo para estimar a prevalência da covid-19 na população. O trabalho utilizará testes rápidos para verificar qual percentual de habitantes já teve contato com o coronavírus, e com isso ter um retrato mais fiel sobre uma possível subnotificação, uma vez que atualmente grande parte dos testes são realizados somente em pessoas sintomáticas, e com isso muitos casos não são confirmados, e nem registrados.

Serão utilizados no inquérito sorológico testes do tipo imunoensaio enzimático (Elisa) em amostras de sangue. Haverá a aplicação de 5.500 testes em 11 cidades, sendo 500 em cada município. Alessandro Farias, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e coordenador da frente de diagnósticos da Força Tarefa Unicamp contra a Covid-19, dá mais detalhes sobre a aplicação. “O estado é dividido em 11 regiões, e escolhemos a maior cidade de cada uma, pois ela deve representar o que está acontecendo naquela região, e será possível estimar, em cada região, qual é o tamanho da subnotificação”.

Os testes serão realizados nas cidades de São Paulo, Campinas, Sorocaba, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara e São José dos Campos. Além de aplicar os testes, os pesquisadores irão realizar sequenciamento de cerca de 600 amostras do vírus SARS-CoV-2 coletadas em todo o estado, possibilitando a identificação de quais variantes do coronavírus estão em circulação.

A expectativa é que os resultados auxiliem no planejamento de ações para saúde, com dados como quantas pessoas já foram infectadas pelo vírus, quais regiões e grupos populacionais estão mais vulneráveis à covid-19, e quais as variantes que prevalecem. “Até para a gente ter um monitoramento de como isso tá acontecendo, se pro futuro as vacinas vão proteger contra novas variantes, e o ideal é a gente ter a perspectiva do que vai acontecer, e já nos adiantarmos, com isso é possível planejar leito melhor, trocar a vacina se precisar trocar a vacina”, explica.

O trabalho será realizado pela Unicamp por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e conta com recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho. “A gente tem não só o interesse epidemiológico científico de ter esses dados, mas também devolver para a população esses dados e ter o resultado dessa pesquisa”, finaliza Farias.

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