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Apesar de acolhimento, muitos preferem as ruas

Foto: Valéria Hein

Por causa do frio intenso em Campinas, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos adotou uma série de medidas para acolher pessoas em situação de rua. Entre elas, a ampliação na abordagem de rua, com equipe volante extra em parceria com a Defesa Civil.

Além do Samin, que já abriga pessoas em situação de rua, foi disponibilizado um abrigo emergencial na Casa da Cidadania, com mais 100 novas vagas. De acordo com a Secretária da pasta, Vandecleya Moro, as ações começaram na terça-feira e a procura tem crescido nesta semana.

Rodrigo Carlos, que passou a viver em situação de rua há 8 anos, após ter passado por uma desilusão e separação no casamento, conta que passou a noite em frente à Casa da Cidadania. Ele explicou que muitos, como ele, preferem não entrar no abrigo por causa das regras que impedem que a pessoa saia de lá durante a madrugada.

Mesmo assim, ele conta que dentro do abrigo a movimentação foi grande por causa do frio intenso. “Tem bastante gente, só que alguns preferem dormir pra fora. Por causa das normas. É complicado pra quem mora nas ruas e é dependente de cigarro ou álcool e precisa fazer uso e não consegue”. Rodrigo afirma estar atento quanto ao risco de hipotermia, por isso, dorme próximo ao local.

Ele explica que no caso de uma chuva, por exemplo, ou qualquer emergência, há a permissão de entrar a qualquer momento. “A prefeitura deu bastante coberta e alimento e eu durmo para fora, normal, como todos os dias, forra o chão, joga o coberta por cima e vivo uma noite de cada vez”. A Casa da Cidadania fica Rua Francisco Theodoro, na Vila Industrial. No local, eles podem tomar banho e participar de atividades em grupo e de socialização.

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