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Mais de 40 medicamentos estão em falta no SUS

Foto: Valéria Hein

O Conselho Municipal de Saúde de Campinas divulgou um novo balanço sobre a falta de medicamentos no SUS de Campinas. O último boletim ocorreu em Junho deste ano e, na análise do Conselho, houve uma discreta melhora, mas que ainda está muito longe de atender aos pacientes de forma adequada. Dos 157 itens da lista de medicamentos fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, 42 estão em falta.

De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Saúde de Campinas, Nayara Oliveira, esse número representa 26% de estoque zerado ou limitado. “Cerca de 26% estão zerados ou com estoque abaixo de 100 itens, que a gente chama de estoque limitado. São 41 itens só entre os zerados. Em Junho de 2021 essa quantidade era de 47 medicamentos zerados. Existe uma discreta melhora, mas longe de solucionar o problema dos usuários do SUS de Campinas”.

Entre os medicamentos em falta, Nayara cita antibióticos e os de uso contínuo, ou seja, aqueles que os pacientes não podem interromper. “Entre eles, estão os utilizados para pressão alta, diabetes, doenças mentais, epilepsia, osteoporose e asma”. Segundo Nayara, raramente a lista municipal de medicamentos essenciais está completa. “Pra nós do Conselho, é preciso melhorar o planejamento estratégico para a aquisição desses insumos, porque, de concreto, o sofrimento da população, especialmente de quem é mais vulnerável, continua”.

A Prefeitura de Campinas informou que a lista de medicamentos do SUS Campinas é uma das mais completas entre as cidades brasileiras, com 157 itens. Atualmente, há 42 da Atenção Básica (Centros de Saúde) em falta. A Administração informou que está agilizando licitações para restabelecer os estoques com a maior rapidez possível e a reposição de 34 itens está programada para os próximos 40 dias. A alegação da prefeitura é de que nos últimos meses, um dos principais motivos para a falta dos medicamentos foi a instabilidade do mercado, com escassez de matéria-prima e outros fatores relativos à pandemia, como poucos interessados nas licitações.

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