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PF está 22% mais caro e assusta consumidores

Foto: Banco de imagens/Unsplash

A alta do preço dos alimentos de um modo geral chegou forte no bolso do brasileiros, que está pagando pouco mais de 22% mais caro nos últimos 12 meses no popular Prato Feito. Em contrapartida, o Índice de Preços ao Consumidor avançou 8,75% no período. Entre as justificativas está a alta do dólar, o que estimula a exportação dos produtos alimentícios, além de outros fatores como o período de estiagem.

Alguns alimentos como o arroz e a carne bovina puxaram o preço do PF para cimas, já que ficaram 37,5% e 32,69% respectivamente mais caros no último ano. Além disso, produtos como o feijão preto, alface, tomate, frango e ovo também ficaram mais caros, com variação de preço entre 09% e 37%. Em contrapartida, a cebola ficou quase 40% mais barata, assim como o preço da batata inglesa, que caiu quase 20%. Mas no aspecto geral, esses recuos não foram significativos para o preço final de um PF.

Para Rita de Cássia, o preço dos alimentos de um modo geral está abusivo, tendo em vista que o o salário dos trabalhadores não aumentou. “Muito abusivo, muito mesmo, porque o salário não aumentou”, resumiu. Cláudia Soares disse que por causa do preço, acaba comprando produtos mais em conta, que não são necessariamente mais saudáveis. “A gente precisaria comprar uns alimentos mais saudáveis, como legumes e frutas. E hoje a gente não consegue tanto, porque está muito caro”, disse.

Para o professor e pesquisador da PUC-Campinas, Cândido Ferreira Filho, a crise econômica obriga o brasileiro a piorar os seus hábitos alimentares. Segundo ele, enquanto não houver retomada na geração de emprego e renda, a segurança alimentar das pessoas estará ameaçada. “A população está substituindo alimentos de melhor qualidade por outros alimentos de pior qualidade. Isso é um problema que estamos observando num país como um todo. Enquanto a economia não voltar a crescer, enquanto o Brasil não gerar emprego de qualidade, nós vamos ter um impacto muito grande na vida das pessoas”, afirma.

Em julho do ano passado, a inflação do PF acumulava alta de pouco mais de 12%, levando em conta os 12 meses anteriores.

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