A Prefeitura de Campinas busca solucionar o problema dos resíduos sólidos com uma PPP (Parceria Público-Privada). A PPP dos Resíduos Sólidos Urbanos, também chamada de a PPP do Lixo, estipula a concessão dos serviços de gestão de resíduos sólidos urbanos em Campinas pelo prazo de 30 anos, com o valor de investimento estimado em mais de R$ 930 milhões.
Uma audiência pública virtual foi realizada no final de julho para tratar do assunto. A prefeitura afirma que o objetivo é implementar uma gestão mais sustentável do lixo, com ampliação dos serviços e maior reaproveitamento de todos os tipos de resíduos, de forma a reduzir significativamente a quantidade de material encaminhado ao aterro sanitário.
O professor de Engenharia Ambiental da PUC-Campinas, Rodrigo Urban, explica como isso deverá ocorrer. “Os resíduos passam a ser coletados e vão para um centro de valorização de resíduos, vai ser separada uma parte de recicláveis para cooperativas, parte orgânica vai para um pátio de compostagem, e o que sobra disso vai para produzir um combustível derivado de resíduos, CDR”.
Somente após essa seleção mais aprofundada é que o restante seria destinado ao aterramento. “O que a gente faz na verdade é enterrar recurso, o aterro sanitário é necessário, mas não é a melhor solução, a gente precisa retirar antes, utilizar esses recursos que nós estamos aterrando, e nós temos muitos recursos”.
A empresa ou consórcio vencedor da licitação terá metas, como aumentar a coleta seletiva, mas também terá prazos para implantar os novos instrumentos de gestão, como o Centro de Valorização de Resíduos até 6 anos após o início do contrato, e a compostagem em até dez anos.
Desde que o Aterro Delta A teve a capacidade esgotada em 2014, Campinas vem tendo problemas para lidar com os resíduos sólidos. Atualmente boa parte do lixo da cidade vai para uma estação de transbordo, e posteriormente é encaminhado a um aterro particular em Paulínia.
