Amigos, lideranças e militantes do PT realizaram na manhã desta sexta-feira (10) em Campinas um ato para lembrar os 20 anos da morte do prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho. O ato foi realizado no entorno da cruz azul que simboliza o local da morte do prefeito, na avenida Mackenzie. Os presentes contaram histórias de Toninho, e plantaram mudas junto à cruz.
Uma das presentes foi Izalene Tiene, que na época do assassinato era vice-prefeita da cidade, e acabou assumindo o cargo de prefeita. “O assassinato do Toninho era inacreditável, não dava pra acreditar nem chegando aqui nesse local, vendo a cena, e minha indignação era essa, que cidade é essa que mata o seu prefeito? Eu não acreditava…”, relembra.
O ato ocorre anualmente no local, e quem sempre está presente é Gerardo Mello, grande amigo de Toninho e que ocupava o cargo de chefe de gabinete da Prefeitura de Campinas. Ele ressalta não acreditar na versão dada pela Polícia sobre o crime. “O Toninho enfrentou os grandes grupos que existiam na prefeitura que era a máfia do lixo, da merenda, mas teve um, o departamento de urbanismo, que se aprovava projetos. Foi feita uma auditoria na dívida pública e viu onde escapava o dinheiro, isso deixou os poderosos revoltados, mas não tiraram sua vida, e não acabaram com seu projeto, Toninho vive hoje e sempre”.
Izalene afirma que 20 anos depois, a impunidade segue causando indignação. “Hoje eu sinto que essa impunidade é matar o Toninho a cada dia, não continuar inquérito, prescrição, arquivamento, isso é continuar matando ele, a indignação não prescreve”.
Próximo à cruz azul há também uma escultura homenageando o prefeito. Feita em aço, a obra “Toninho e sua pipa”, do artista campineiro Spencer Pupo Nogueira, é baseada em uma histórica imagem da campanha de Toninho à prefeitura no ano 2000, quando ele venceu as eleições.
A obra e seu entorno passaram por um restauro realizado pela prefeitura, com plantio de árvores e plantas, além de limpeza, pintura e nova iluminação.