O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o Instituto Butantan vai fazer a substituição dos lotes de vacinas que estão interditadas pela Anvisa. No início deste mês, a agência determinou a interdição cautelar de quase 12 milhões de doses da CoronaVac, proibindo sua distribuição e uso no país. A suspensão foi adotada porque o lote foi envasado numa fábrica não inspecionada pelas autoridades brasileiras na China. Do total de doses interditadas, cerca de 4 milhões já haviam sido aplicadas, em todos os estados brasileiros. As 8 milhões de doses restantes seguem armazenadas, aguardando autorização da agência para ser enviadas ao Plano Nacional de Imunização.
O Instituto Butantan informou que a questão é burocrática e que os documentos necessários para a liberação do lote já foram enviados. Mesmo assim, a vacina segue parada. Segundo o governador João Doria, a substituição do lote interditado será feita para não prejudicar o andamento da vacinação contra a covid-19 no Brasil. “Vamos substituir todas as 08 milhões de doses da vacina CoronaVac, que estão quarentenadas pela Anvisa. Elas serão substituídas por doses, da mesma vacina CoronaVac, produzidas na fábrica que foi inspecionada pela Anvisa. Assim eliminamos o impasse e colocamos a vacina disponível para ser aplicada no braço dos brasileiros”, afirma.
Na última segunda-feira, o Instituto Butantan informou, em nota, que pediu uma reunião com a Anvisa para apresentar resultados de uma inspeção remota feita na fábrica da Sinovac na semana passada e, assim, tirar as dúvidas que a agência tem sobre os lotes. O instituto também afirmou lamentar que os documentos enviados pelo órgão sanitário chinês sobre os lotes da vacina contra a Covid-19 retidos em 4 de setembro não tenham sido aceitos pela Anvisa em reunião no sábado passado.