Campinas registrou a abertura de 735 novas empresas em agosto desse ano, contra 273 negócios encerrados. O saldo do mês é positivo de 462 novas companhias. De janeiro a agosto os números também são animadores, com 5.483 novos negócios abertos, com saldo final de 2.587 empresas. Esse número é 63,7% maior do que o mesmo período de 2020.
Para Laerte Martins, economista e diretor da ACIC, a Associação Comercial e Industrial de Campinas, a vacinação é o principal motivo da abertura de novos negócios: “O aumento de empresas abertas mostra efetivamente uma melhoria na abertura de empresas principalmente por motivo da melhoria na vacinação, isso trouxe mais expectativa positiva, então os empresários começaram a investir um pouco mais, abrindo novos empreendimentos”, afirma.
Os resultados positivos têm reflexos das vendas do dia dos pais, que cresceram 25,5% em comparação com 2020. Considerando apenas as vendas físicas, Campinas faturou em agosto R$ 1,146 bilhão, valor 109,2% superior com referência ao mesmo mês no ano passado.
Por outro lado, há também os dados negativos. Além dos 273 negócios encerrados em agosto, nos primeiros oito meses do ano foram 2.896 companhias fechadas, número 13,5% maior do que no ano passado.
E existem também os moradores que seguem com dívidas e fazem parte do grupo dos inadimplentes. Campinas possui R$ 135,7 milhões em valores de endividamento de consumidores. São mais de 188 mil boletos não pagos.
Para o economista, a expectativa para o final do ano é que haja um crescimento anual das vendas de apenas 5% com relação ao ano anterior, devido a fatores políticos: “Nós tivemos até agora, a partir de maio, uma boa evolução das atividades econômicas aqui em Campinas e na região, mas tendo em vista o que está acontecendo na atividade política isso acaba dando uma previsão de que o segundo semestre poderá ter ainda uma expectativa um pouco negativa”, explica.
