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Campinas tem baixa cobertura vacinal em crianças com menos de 1 ano

Foto: Adriano Rosa/Prefeitura de Campinas

As crianças de Campinas, principalmente aquelas com menos de 1 ano de idade, estão com baixa cobertura das principais vacinas. A BCG, por exemplo, que previne a tuberculose, está com 75% de cobertura. A vacina da Poliomielite está com 82%, a de Hepatite 82%, a Pentavalente 82%, a do Rotavírus 80%, A tríplice viral, contra o Sarampo está com 85% na primeira dose e 69% a segunda, aplicada com 1 ano e três meses. A meta das vacinas é de 95% de cobertura.

De acordo com Valéria Almeida, médica infectologista, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Campinas, muitas doses de vacinas estão atrasadas entre crianças, principalmente em crianças menores de um ano.

“A gente tem observado, não é uma exclusividade do município de Campinas, mas é um fato que tem chamado a atenção de todo mundo que trabalha com programa de imunização que a pandemia piorou muito as coberturas vacinais das outras vacinas que são realizadas em crianças e adolescentes”, diz.

Ela lembra que é preciso garantir as coberturas altas, acima de 95%, para que não tenha reintrodução de algumas doenças, principalmente aquelas que eram consideradas praticamente eliminadas. Se as crianças não forem vacinadas, elas se tornam porta de entrada para essas doenças.

Em termos de saúde coletiva, a especialista diz que a que mais preocupa é a cobertura vacinal do sarampo.

“O sarampo é uma doença muito grave em crianças pequenas e a capacidade de infecção dessa doença é muito maior do que a infecção pela Covid”, explica.

Ela ressalta que também chama a atenção a baixa procura pela vacina BCG, que protege contra a tuberculose, que atingiu apenas 75% do público-alvo.

Para mudar essa situação, começa em 1º de outubro a Campanha Estadual de Multivacinação para crianças de todas as faixas etárias e adolescentes de até 15 anos.

Os pais ou responsáveis devem levar os menores a um dos postos de saúde, com a carteira de vacinação, para que um profissional avalie quais doses precisarão ser aplicadas, tanto as atrasadas, as que faltam ou precisam de reforço.

A campanha vai até o dia 29 de outubro, mas mesmo fora desse período, a população pode procurar os postos de saúde a qualquer tempo.

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