O preço do gás de cozinha teve um novo aumento nesta semana, na ordem de 7%. As justificativas para mais este aumento são o dissídio dos trabalhadores do setor, e também o aumento de custos devido à inflação, como o transporte dos botijões, por exemplo.
Como sempre esses aumentos acabam impactando no custo para o consumidor final. Em Campinas o preço do botijão de 13 quilos na sexta-feira, 3 de setembro, variava de R$ 90 a R$ 120 dependendo da região e do ponto de venda. Desde janeiro houve um aumento de cerca de 25% no preço médio do gás, que era de R$ 73 e agora está na casa dos R$ 90.
Paulo Souza tem um comércio de gás e água na região do Jardim São Vicente, em Campinas. Ele conta que alguns consumidores acabam culpando o estabelecimento pelo aumento, embora a elevação do custo venha da distribuidora. “Isso atrapalha tanto a população que vai pagar um pouco mais caro, quanto a gente que não consegue passar a margem pro consumidor, eu tinha uma margem de 25% a 30%, hoje está em torno de 18%, o custo operacional subiu e nossa margem continua diminuindo”.
Ele afirma estar sofrendo com queda nas vendas após os sucessivos aumentos, mesmo o gás sendo um item básico essencial para as famílias. “Teve uns cinco ou seis aumentos durante o ano, que é muita coisa, mas nossa venda também cai muito pois com a pandemia tem muita gente desempregada, ou com redução de salário, e com menos dinheiro na população há mais dificuldade para comprar o gás”, conta.
E o setor já se preocupa com um possível novo aumento, que poderá ser anunciado pela Petrobrás ainda neste mês.