Os estoques dos bancos de sangue de Campinas e outras cidades precisam sempre receber doações para que as demandas de cirurgias eletivas e de emergência sejam cumpridas. Em meio à pandemia do coronavírus, existe a dúvida se pessoas que já tiveram a Covid-19 podem ser doadoras.
O Dr. Wagner de Castro, Diretor do serviço de coleta do Hemocentro da Unicamp, afirma que sim, mas que os casos graves precisam ser analisados: “Os quadros leves de Covid impedem a doação até que esteja completamente restabelecido, dessa data do completo restabelecimento, um mês depois a pessoa já pode fazer a doação. Situações onde a pessoa teve complicações da Covid, isso vai ter que ser avaliado caso a caso porque vai depender do nível de comprometimento que o indivíduo teve pela infecção viral. Muitas vezes comprometimento neurológico, então é lógico que a gente precisa do sangue, mas não a qualquer custo, sem colocar em risco a integridade do doador”, afirmou.
O Hemocentro pede que os doadores ou novas pessoas interessadas possam sair da zona de conforto e ajudar com a doação de sangue, que salva muitas vidas.
O Dr. Wagner de Castro afirma que há dificuldades nesse período: “O que a gente vem sentindo desde o início da pandemia é que a disponibilidade das pessoas para fazer doação de sangue ela tem diminuído em função de todas as circunstâncias, não só a pandemia, mas o impacto dessa pandemia no ambiente econômico, social, político do país. Isso leva uma preocupação das pessoas tentarem mais sobreviver do que estar disponível para realizar. Isso é lógico que impacta diretamente doação”, disse.
O Hemocentro da Unicamp recebe doadores e prioriza os atendimentos agendados para evitar aglomerações. Além disso, é obrigatório o uso de máscara e higienização das mãos com álcool em gel. Segundo o especialista, o risco de doar sangue é muito mais baixo do que ir até o supermercado, por exemplo.
Para saber mais informações acesse hemocentro.unicamp.br.
