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PF realiza Operação para coibir crimes contra o sistema financeiro

Foto: Arquivo/CBN Campinas

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, uma operação para coibir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Foram cinco mandados de busca e apreensão, sendo três em Campinas, um em Indaiatuba e um na capital paulista. De acordo com o delgado de Polícia Federal, Edson Geraldo de Souza, chefe da delegacia em Campinas, foram constatadas operações de crédito e débito e de câmbio realizadas por pessoas físicas e jurídicas não autorizadas, para os continentes asiático e norte-americano.

Ele explica que os mandados foram cumpridos em empresas de fachada, que, na verdade, eram endereços residenciais de pessoas físicas, suspeitas de envolvimento, além de um doleiro, em Campinas, apontado como o organizador do esquema. “O sistema utilizava 3 empresas de fachada, em endereços residenciais ou de outras empresas de  ramos completamente distintos e detectamos que várias empresas e pessoas físicas utilizavam o esquema desse doleiro para troca de moeda e ocultação”.

A evasão de divisas e as operações de câmbio ilegais ocorriam por meio de dólar-cabo, quando um doleiro entra em contato com outro no exterior, para onde é direcionada a remessa ilegal de dinheiro, sem a prestação de contas ao Governo Federal. O delegado, Edson Geraldo de Souza, explica que foram também identificadas operações de importações fictícias e direcionamento de capital numa empresa que atua com criptomoedas. “É uma forma de transferir dinheiro sem ser percebido. Outra forma que eles usavam eram carões pré-pagos, permitindo que empresas e pessoas físicas fizessem movimentações financeiras e pagamentos sem detecção e identificação de seus autores”.

A movimentação financeira de apenas um dos suspeitos, que é de Indaiatuba, superou R$ 30 milhões em seis meses, apesar do capital social da empresa ser de R$ 20 mil e do endereço da sede corresponder a um imóvel residencial. De acordo com o delegado, o próximo passo é investigar as empresas que se utilizavam dos serviços desse esquema. “Nós temos duas investigações. Primeiro, consolidar e identificar quais eram os operadores do sistema, junto com esse doleiro, e a partir daí identificar as origens dos recursos utilizados pelas outras empresas e pessoas físicas que se utilizavam do serviços deles”. As penas previstas para esses crimes podem chegar a 10 anos de prisão.

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