O total de pessoas em situação de rua em Campinas ainda é desconhecido pela Prefeitura. Um novo censo estava prometido para este ano, mas ainda não saiu do papel. Os números de 2019 apontavam 822 pessoas morando nas ruas da cidade. Vandecleya Moro, secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, diz que o censo será realizado nos próximos meses.
“A gente está organizando, vai sair esse ano o censo. Os números que nós temos são antigos, de 2019, que trata de 822 pessoas em situação de rua. É perceptível que esse número não é mais factível, a situação da pandemia agravou muito a situação. Nós queremos ter um dado real”, afirma.
O censo é importante para estruturar as políticas públicas de acordo com a necessidade e a quantidade.
Uma reclamação recorrente de comerciantes e de quem circula pela região central é sobre o aumento da população em situação de rua, desde o ano passado, e que além da sujeira que deixam, eles espantam os clientes.
A secretária de Assistência Social explica que a maioria das pessoas vai para as ruas por problemas familiares e por dependência de álcool e drogas, mas que a pandemia agravou a situação e deixou muitas pessoas em situação de vulnerabilidade e que acabaram migrando para a rua.
Vandecleya afirma que existe uma rede de serviços estruturada para atender essa população com abrigos, café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Nesses lugares eles podem guardar seus pertences, tomar banho e lavar roupas.
“Nós temos feito ações para conscientizar os usuários, as pessoas em situação de rua, para que eles possam aderir aos serviços. Todos os dias nós temos uma equipe que é o SOS RUA, eles ficam das 18h até a meia- noite conversando com as pessoas em situação de rua e ofertando serviço”, explica.
A secretária informa ainda que há um serviço para atender as pessoas que quiserem fazer tratamento contra as drogas em uma comunidade terapêutica e depois há um trabalho de inserção no mercado de trabalho.
