O sistema Cantareira opera nesta sexta-feira (1) com 30,1% da capacidade. O volume é 6,9% menor do que um mês antes, e 11,1% menor do que um ano antes. O volume atual é o menor desde meados de 2016. Além de abastecer parte da Grande São Paulo, o Cantareira também libera água para o interior, e é fundamental no abastecimento das cidades que captam água, por exemplo, no Rio Atibaia. É o caso de Campinas, cujo abastecimento se dá com 95% de água do Atibaia.
Na manhã de sexta-feira a vazão do Atibaia no ponto de captação da Sanasa, em Valinhos, estava em 10.1 m²/s, abaixo da vazão média histórica no mês, que é é d 12,4 m3/s. E isso só ocorre devido à liberação de água do Cantareira, caso contrário o nível estaria bem mais baixo.
O Superintendente do Serviço Autônomo de Águas e Esgotos de Indaiatuba, Pedro Cláudio Salla, afirma que a situação na região é muito preocupante “A região toda está com problema seríssimo, algumas cidades um pouco mais grave, com rodízio de três a cinco dias, estamos muito preocupados pois a estiagem tem se estendido a mais de nossas previsões, e a gente já vem de um ano que não conseguiu recuperar todos os mananciais”.
Para buscar uma maior segurança hídrica da região e reduzir a dependência do Cantareira, estão sendo construídas as barragens de Pedreira e de Duas Pontes, em Amparo, que devem ficar prontas somente dentro de alguns anos. A de Pedreira tem 34% das obras concluídas; enquanto os trabalhos na represa de Duas Pontes começaram depois, e o percentual de andamento das obras não foi informado.