A Polícia Federal em Campinas deflagrou na manhã desta segunda-feira a Operação Lavaggio II, sendo esta a 5ª fase da Operação Overload, que investiga um grupo criminoso especializado em tráfico internacional de drogas a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos.
A Operação Lavaggio tem como foco o aprofundamento da apuração de crimes de lavagem de dinheiro praticados pela quadrilha, e teve origem em elementos obtidos durante a Operação Overload, deflagrada em outubro do ano passado. A PF busca identificar bens adquiridos com dinheiro obtido pelos atos ilegais da organização criminosa, e também de pessoas que tenham autorizado a quadrilha a utilizar os nomes delas para ocultar esses bens.
A Justiça Federal expediu 7 mandados de busca e apreensão, sendo 5 no Mato Grosso e 2 em São Paulo. A atual fase de investigação foca um investigado e familiares dele residentes no Mato Grosso. Foram identificadas movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada, além da aquisição de joias, relógios e veículos de luxo, além de apartamentos, empreendimentos imobiliários em São Paulo e uma fazenda em Mato Grosso.
A Operação Overload constatou a existência de uma organização criminosa com foco no tráfico internacional de drogas, operando a partir de Viracopos. O esquema envolvia empregados de empresas terceirizadas, de uma companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública e também estrangeiros em solo europeu. Na ocasião, 32 pessoas foram presas temporariamente, e foram apreendidos veículos e dinheiro no valor aproximado de 3 milhões reais. Os desdobramentos se deram com a Operação AKE, em dezembro do ano passado; Operação Lavaggio, em fevereiro deste ano; e a Operação Airline, em julho deste ano, além da Operação Lavaggio II, que acontece hoje.
