PF prende integrante de grupo que usava Viracopos para tráfico

Foto: Francisco Lima Neto

A Polícia Federal prendeu um homem na região de Cáceres, em Mato Grosso, na manhã desta segunda-feira (25), na Operação Lavaggio II, que é a 5ª fase da Operação Overload, que investiga um grupo criminoso especializado em tráfico internacional de drogas a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos.

Essa fase focou no aprofundamento da apuração de crimes de lavagem de dinheiro praticados pela quadrilha, e teve origem em elementos obtidos durante a Operação Overload, deflagrada em outubro do ano passado. A Polícia Federal trabalha para identificar bens adquiridos com dinheiro ilícito.

O delegado da Polícia Federal, Edson Geraldo de Souza, disse que esse é o principal aspecto do combate ao tráfico de drogas, a desarticulação financeira.

“O objetivo era encontrar documentos e dispositivos que comprovem a lavagem de dinheiro, a ocultação dos ganhos do tráfico de drogas”, disse.

A Justiça Federal expediu sete mandados de busca e apreensão, sendo cinco no Mato Grosso e dois em São Paulo. A atual fase de investigação focou em um investigado e familiares dele no Mato Grosso. Ele seria um dos líderes da quadrilha, responsável por financiar a compra da cocaína no exterior, fazer com que ela chegasse a Campinas, e partisse via Viracopos, para a Europa. Foram identificadas movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada, além da aquisição de joias, relógios e veículos de luxo, além de apartamentos, empreendimentos imobiliários em São Paulo e uma fazenda em Mato Grosso.

O homem preso é apontado pelas investigações como um laranja desse líder da quadrilha. Ele seria o responsável por fazer a lavagem de dinheiro, e estava escondido em uma fazenda desse criminoso foragido.

Durante o cumprimento dos mandados foram encontrados armamentos, como fuzil, pistola e munições.

A Operação Overload constatou a existência de uma organização criminosa com foco no tráfico internacional de drogas, operando a partir de Viracopos. O esquema envolvia empregados de empresas terceirizadas, de uma companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública e também estrangeiros, na Europa. Na ocasião, 32 pessoas foram presas temporariamente, e foram apreendidos veículos e dinheiro no valor aproximado de R$ 3 milhões. As investigações tiveram desdobramento em várias operações. Ao todo 27 pessoas estão presas e quatro ainda seguem foragidas.

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