O setor de eventos foi um dos primeiros segmentos a parar suas atividades no ano passado em razão do distanciamento social necessário para tentar barrar o avanço da pandemia de Covid 19. E com a suspensão das festas, celebrações e comemorações, outro mercado foi diretamente afetado: o das flores.
E depois de 18 meses, a primavera deste ano chega em meio ao início do processo de retomada da economia, possibilitada em razão da vacinação da população e melhora nos índices da pandemia, o que possibilita o retorno dos eventos, ainda que com protocolos de segurança e limitação de público.
É o caso da advogada Giuliana Burger. O noivado aconteceu em 2019 e em meio ao planejamento do casamento, teve que esperar para definir a data. “E assim que começou a pandemia, que a gente estava definindo o lugar, a gente pensou que não ia ser rápido e teria que ser mais pra frente”, conta.
De acordo com informações do Ceaflor, entidade que reúne 350 empresas do segmento e atende todo o país, os eventos e festas têm um peso muito relevante no setor da floricultura, que é composto também por flores envasadas, plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem e acessórios para decoração. E o processo de retomada que já representa quase 60% do consumo registrado antes da pandemia, segundo o presidente do Ceaflor, Antônio Carlos Rodrigues.
“A expectativa é muito boa. Neste mês de setembro começamos a retomar as festas”, explica o presidente.
Segundo Rodrigues, alguns produtores chegaram a suspender totalmente a produtividade o que faz com que hoje, algumas flores demorem mais tempo para chegar ao mercado, o que deve se normalizar até o final do ano com a volta da demanda.
E a procura deve ser grande. O decorador Paulo Perissoto conta que já há registro de mais de cinco festas sendo realizadas por final de semana. Apesar de os eventos de grande porte, como formaturas, ainda estarem suspensos, o segmento, em especial casamentos, até o limite permitido de pessoas, está bastante aquecido. “Temos uma demanda reprimida de dois anos de festas que foram sendo remarcadas, o que foi acumulando com novas festas e criou uma demanda muito grande”, diz.