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Vacinação em crianças tem queda em Campinas

Foto: Carlos Bassan - PMC

Campinas integrará um estudo do Ministério da Saúde sobre a cobertura vacinal em crianças nascidas em 2017 e 2018. O inquérito vacinal tem início na segunda-feira, dia 18 de outubro, e pretende avaliar qual é a real cobertura vacinal das crianças, além de entender os motivos pelos quais as pessoas deixam de vacinar os filhos.

Segundo a Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Campinas, Andrea Von Zuben, ultimamente Campinas vem registrando queda na vacinação das crianças. “Infelizmente já há algum tempo já não temos batido as metas, todas as vacinas como hepatite, meningite, sarampo, caxumba e rubéola, todas deveriam estar com mais de 95% da população vacinada naquela faixa etária, e infelizmente a gente não tem atingido a meta em nenhuma das vacinas”.

A diretora afirma que tradicionalmente Campinas sempre superou a meta de 95%. Avaliar a causa disso é um dos objetivos do estudo, que entrevistará 1,8 mil pais ou responsáveis após um sorteio com base nos dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde.

A pessoa escolhida passará por uma entrevista depois da análise da carteira vacinal da criança da casa. Caso a criança não esteja com a vacinação completa, o motivo será questionado, para saber se há atraso ou se a criança não foi vacinada por decisão dos pais. A carteira de vacinação será fotografada pelo entrevistador para análise posterior.

Segundo Andrea, o medo de contágio da covid-19 ao ir até um posto de saúde vacinar as crianças agravou ainda mais a queda nos números de crianças vacinadas. Ela alerta para o risco da volta de doenças que antes estavam praticamente erradicadas, como aconteceu com o sarampo. “A gente tem que lembrar que a única proteção é a vacina, o vírus do sarampo estava muito comum na Venezuela, e entrou pelo norte do Brasil, então quem não está vacinado o risco de reintrodução é muito grande, e aconteceu no ano retrasado”, explica.

As visitas e entrevistas relativas ao estudo serão realizadas por uma empresa contratada pelo Ministério da Saúde.

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