O hábito de pedir comida em casa cresceu com a restrição no atendimento presencial dos restaurantes durante na pandemia. Segundo dados da Abrasel, o delivery de alimentação movimentou R$ 18 bilhões no país em 2020. E a expectativa é de que mesmo com a volta do atendimento presencial, o crescimento anual médio se mantenha em 7,64% até 2024.
Este cenário promissor tem impulsionado a chamada “dark kitchen”. O modelo, que nasceu nos Estados Unidos há 30 anos, é o de uma cozinha fechada, com refeições preparadas exclusivamente para o delivery, sem instalações para consumo no local. De acordo com Matheus Mason, Presidente da Abrasel RMC, apesar de pertencer a um mercado altamente competitivo, este é um excelente modelo de negócio.
O investimento inicial é mais baixo, o que inclui apenas as cozinhas com chefs, cozinheiros e entregadores ou aplicativos de entrega. No entanto, Mason recomenda planejamento para quem quiser viabilizar esse tipo de negócio, com pesquisa de mercado e de players já existentes. Entre os que apostaram nesta tendência, tem a Aussie Grill, por exemplo, marca 100% virtual que começou em setembro de 2020.
No início, atendia apenas uma região da cidade de São Paulo e atualmente possui 68 operações em todo o país, incluindo Campinas e Piracicaba. A nova marca pertence ao grupo Bloomin´Brands, detentor das marcas Outback Steakhouse e Abbraccio. A Diretora de Marketing do grupo, Renata Lamarco, conta que a ideia foi utilizar as estruturas dessas cozinhas, que durante a pandemia ficaram ociosas, para criar a nova marca. As “dark kitchens” já estavam presentes em muitas cidades brasileiras, antes mesmo da pandemia, mas houve uma alta de 20% com a pandemia.