A Polícia Civil concluiu o inquérito que indicia a mulher que teria utilizado um termo racista contra a vereadora Paolla Miguel (PT), durante a sessão na Câmara de Campinas do dia 8 de novembro. Todo o material da investigação, áudios e vídeos, foram enviados ao Poder Judiciário. O Ministério Público também vai receber o conteúdo da apuração, para que decida se oferece ou não denúncia contra a suspeita.
A suspeita, que não usava máscara no momento da ocorrência, foi identificada por um vereador que foi ouvido durante os depoimentos. A DIG confirmou que ela é filiada a um partido de direita, mas não detalhou a sigla, nem os demais dados sobre a suspeita, que nega a ofensa contra a vereadora, bem como o crime de injúria racial.
A suspeita afirma que teria dito “Petta lixo”, direcionado ao vereador Gustavo Petta (PC do B), e não o termo racista “Preta Lixo”, que teria sido ouvido no plenário e registrado no Boletim de Ocorrência. Em depoimento, a mulher apresentou duas testemunhas que comprovariam o termo contra Gustavo Petta.
A suposta ofensa racista contra Paolla Miguel ocorreu enquanto a vereadora discursava sobre o preconceito. A suspeita fazia parte de um grupo que protestava no plenário contra o passaporte da vacina, pauta defendida pelo vereador Nelson Hossri (PSD), mas que nem chegou a entrar em discussão na Câmara por não ter conseguido assinaturas suficientes entre os vereadores.
Uma Comissão Processante para investigar a conduta do vereador foi aberta na Câmara no último dia 17. Nelson Hossri alega motivação política na abertura da CP, segundo ele, encabeçada pela esquerda, afirmando que vai apresentar defesa e a verdade, quando revelada, irá fortalecê-lo.
