Boletim aponta queda nas denúncias de violência contra a mulher

Foto: Francisco Lima Neto

O Sistema de Notificação de Violências (Sisnov) divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, aponta queda no registro de violência contra mulheres.

Segundo o documento, com dados até junho deste ano, em 2020 e 2021 o número de registros de violência sofreu uma queda em torno de 16% quando comparado com 2019.

De acordo com a Prefeitura isso não significa que a violência diminuiu, mas é reflexo das medidas de isolamento impostas desde o início da pandemia.

O sistema mostra que a maioria dos casos (205 registros, 34,3% das ocorrências) é de violência física, seguido por casos de violência sexual (170 registros, 28,5% dos casos). Em terceiro lugar estão os casos de tentativa de suicídio e suicídio (87 registros, 14,6% dos casos). Outras duas formas observadas foram negligência (65 ocorrências, 10,9% dos casos) e violência psicológica (49 ocorrências, 8,2% dos casos).

O boletim revela igualmente que na maioria dos casos é o cônjuge o autor da violência (127 casos, 21,3%). A autoagressão é a segunda maior ocorrência, segundo o boletim (93 dos casos, 15,6%). A faixa etária mais frequente está entre 20 e 59 anos (306 casos, 51,3%), seguida pela faixa de 10 a 19 anos (145 casos, 24,3%).

Segundo, Ana Paula Crivelaro Ferreira, Enfermeira do Departamento de Vigilância em Saúde, responsável pelo Núcleo de Acidentes e Violência, o material é essencial para as pessoas que lidam com vítimas de violência.

“A partir de agora a gente consegue dar subsídio para o município e todos os profissionais que lidam com violência ter informação e não só dados, para conseguir lidar e cuidar das vítimas de violência, de uma maneira mais adequada, com um olhar mais profundo sobre como a gente consegue reverter essa realidade”, explica.

De acordo com Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, com os dados é possível implementar políticas públicas mais efetivas.

“Hoje nós vimos reunidos aqui a sociedade civil e várias secretarias porque a luta contra a violência não é só da prefeitura, não é só da mulher que é vítima da violência. Todos nós somos responsáveis por ajudar que esses dados cheguem às pessoas e a gente possa enfim chegar num momento em que não tenhamos mais violência”, aponta.

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